A indígena da aldeia Guaviraty, Liliane Hortega Acosta, de 16 anos estuda no 9º Ano da Escola Estadual Indígena Guavira Poty, que fica no balneário Shangri-lá.
No ano passado ela foi a primeira aluna oriunda de escola Indígena a participar da XI Feira Regional de Ciências do Litoral do Paraná na UFPR – Universidade Federal do Paraná no município de Matinhos, ficando em primeiro lugar na sua categoria com o projeto “Observatório Solar Tekoa Guaviraty”.
ENTENDA O PROJETO:
A pesquisa de campo realizada pelo projeto da Liliane resgata os conhecimentos ancestrais Guaranis sobre reconhecimento das estações do ano, o planejamento de épocas de plantio e a localização geográfica através do caminho do sol no céu. Isto levou a construção de um observatório solar na aldeia Guaviraty para uso da comunidade e também com finalidades pedagógicas escolares.
Nos dias 10,11 e 12/03/23 o Projeto Observatório Solar Tekoa Guaviraty foi selecionado para apresentar-se na V CONANE - Conferência Nacional de Alternativas para uma Nova Educação, realizada na Universidade de Brasília-DF, sendo o único projeto selecionado do litoral paranaense.
Em abril deste ano o Projeto foi selecionado para a 4º Mostra Nacional de Feira de Ciências, financiada pelo Ministério da Ciência, que será realizada no mês de setembro em Brasília-DF, com o apoio da Prefeitura de Pontal do Paraná. Apenas 3 projetos do estado do Paraná foram selecionados e o único do litoral paranaense novamente foi o Observatório da aluna Liliane.
QUEM SÃO OS ORIENTADORES DO PROJETO OBSERVATÓRIO SOLAR TEKOA GUAVIRATY?
A Orientadora é a Professora Renata Zuba.
A Co-Orientadora é a professora Nahyr Carneiro.
A atual Professora de Ciências é a Patrícia Faustino Slompo.
OUTROS PROJETOS JÁ ESTÃO ACONTECENDO
A Professora de Ciências, Patrícia Faustino Slompo, conta que dois outros projetos de grande importância já estão sendo desenvolvidos na aldeia indígena Guavira Poty.
Um deles é a análise microbiológica da qualidade da água da aldeia, onde as crianças farão a coleta e levarão para o laboratório, para motivá-las neste ambiente, familiarizando-as e instigando-as a estudarem ciências.
O outro projeto está sendo desenvolvido pela aluna do 9º ano, Jussara Varyju, trata-se de um estudo sobre a palmeira Jussara, uma espécie ameaçada de extinção.
No dia 22/04 aconteceu na aldeia através de uma parceria com a UFPR uma oficina de despolpa dos frutos da Jussara, para que a comunidade conheça que além de aproveitar o palmito da Jussara podemos também utilizar o fruto dela para fazer suco, sorvete, ficando muito parecido com o Açaí.
“Estamos observando as palmeiras que existem na aldeia e fazendo também um replantio da espécie, espalhando sementes na chamada “trilha da Jussara”. Estamos acompanhando o desenvolvimento destas sementes e das mudas que estão sendo plantadas”, disse a professora Patrícia.
Os dois projetos serão apresentados na feira de ciências da SBPC – Sociedade Brasileira do Progresso Científico, que irá acontecer na UFPR – Universidade Federal do Paraná em Curitiba-PR de 23 a 29/07.
A diretora da Escola Estadual Indígena Guavira Poty, Regiane Ramos de Oliveira, disse estar muito feliz com este protagonismo dos indígenas em projetos tão importantes e que a escola torce para que tudo se desenvolva cada vez mais.
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